O EXPRESSIONISMO
Em oposição ao Impressionismo, o Expressionismo surge no final do século XIX com características que ressaltam a subjetividade. Neste movimento, a intenção do artista é de recriar o mundo e não apenas a de absorvê-lo da mesma forma que é visto. Aqui ele se opõe à objetividade da imagem, destacando, em contrapartida, o subjetivismo da expressão.
O principal precursor deste movimento foi o pintor holandês Vincent Van Gogh, que, com seu estilo único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do expressionismo. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc. Há ainda muitos outros pintores, entre eles, Pablo Picasso, que também foram influenciados por esta manifestação artística. Outro importante pintor expressionista foi o norueguês Edvard Munch, autor da conhecida obra O Grito.
EXPRESSIONISMO NO BRASIL
Em nosso país o movimento também foi importante. Podemos destacar, nas artes plásticas, os artistas expressionistas mais importantes: Candido Portinari, que mostra em suas telas a migração do povo nordestino para as grandes cidades. Outros representantes: Anita Malfatti, Lasar Segall e Osvaldo Goeldi (autor de diversas gravuras). As peças teatrais de Nélson Rodrigues apresentam significativas características do expressionismo.
Um famoso percursor do expressionismo foi o pintor alemão Mathis Gothart Niethart, conhecido como Matthias Grünewald (Würzburg, 1470 — Halle an der Saale, 31 de agosto de 1528).
Começou a aparecer como profissional da pintura sacra quando vivia em Aschaffenburg, e seu primeiro trabalho com data conhecida é o Escárnio de Cristo, de 1503.
Assumiu o cargo de pintor oficial do arcebispo de Mainz em 1509. Mudou-se em 1515 para Issenheim, na Alsácia, para realizar um retábulo para a Igreja dos Antoninos, obra máxima de seu estilo dramático, de intenso colorido. De volta a Aschaffenburg, foi contratado para outras pinturas religiosas, porém envolvido em uma revolta de camponeses, foi obrigado a fugir para Frankfurt.
De sua obra, revalorizada no século XX, pelos expressionistas por sua vanguarda, hoje conservam-se apenas dez pinturas e alguns desenhos
Principais Pintores:
Lasar Segall - De volta da Alemanha, até 1923, seu desenho anguloso e suas cores fortes procuram expressar as paixões e os sofrimentos de ser humanos. Em 1924, retornando para o Brasil, assumiu uma temática brasileira: seus personagens agora são mulatas, prostitutas e marinheiros; sua paisagem, favelas e bananeiras. Em 1929, o artista dedica-se à escultura em madeira, pedra e gesso. Mas entre os anos de 1936 e 1950, sua pintura volta-se para os grandes temas universais, sobretudo para o sofrimento e a solidão.
Anita Malfatti - Sua arte era livre das limitações que o academicismo impunha, seus trabalhos se tornaram marcos na pintura moderna brasileira, por seu comprometimento com as novas tendências.
Obras destacadas: A Estudante Russa, O Homem Amarelo, Mulher de Cabelos Verdes e Caboclinha.
Obras destacadas: A Estudante Russa, O Homem Amarelo, Mulher de Cabelos Verdes e Caboclinha.
Candido Portinari - Importante pintor brasileiro, cuja temática expressa o papel que os artistas da época propunham: denunciar as desigualdades da sociedade brasileira e as consequências desse desequilíbrio. Seu trabalho ficou conhecido internacionalmente através dos corpos humanos sugerindo volume e pés enormes que fazem com que as figuras pareçam relacionar-se intimamente com a terra, esta sempre pintada em tons muito vermelhos. Portinari pintou painéis para o pavilhão brasileiro da Feira Mundial de Nova York, Via Crucis - para a igreja de São Francisco, na Pampulha, Belo Horizonte (MG) e murais da sala da Fundação Hispânica na Biblioteca do Congresso, em Washington. Sua pintura retratou os retirantes nordestinos, a infância em Brodósqui, os cangaceiros e temas de conteúdo histórico como Tiradentes, atualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo, e o painel A Guerra e a Paz, pintado em 1957 para a sede da ONU.